quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Período

As décadas do pós 2ª guerra mundial, viram o surgimento de um período sem precedentes na história da humanidade. De 1947 (lançamento da doutrina Trumman) á 1989 (queda do muro de Berlim), o mundo viveu o período conhecido como "Guerra Fria", no qual dois países hegemonizaram o poder mundial. EUA e URSS foram as superpotências do período e o mundo todo passou a orbitar em torno desses dois países.
A Guerra Fria se ergue a partir do fim da 2ª guerra mundial, com a destruição da Europa e a decadência das tradicionais potências européias. A partir das conferências do pós guerra a bipolarização do espaço começa por materializar-se na própria Europa, onde a parte oriental desse continente passa a orbitar em torno da URSS, e a parte ocidental em torno dos EUA.
A grande divergência da Guerra Fria não esteve na economia, mas sim no marco ideológico, onde tínhamos de um lado os EUA claro representante da ordem mundial capitalista, e de outro lado a URSS, que representava o socialismo. As divergências ideológicas entre os dois países, acabaram gerando também divergências militares, que resultaram no que se chamou de "corrida armamentista", com o desenvolvimento de arsenais de destruição em massa (incluindo bombas atômicas), o que levou alguns a acreditarem que uma guerra real entre as duas superpotências poderia representar a destruição de todo o planeta, e a criação de organizações militares a fim de defender os interesses de ambos os lados, os EUA e seus aliados criaram em 1949 a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), e a URSS junto com os países do leste europeu criaram em 1955 o Pacto de Varsóvia. Mas, apesar de toda tensão gerada pela corrida armamentista, na realidade uma guerra direta entre os dois nunca ocorreu, ocorreram sim muitos conflitos indiretos, onde ora um, ora outro, estavam envolvidos, como a Guerra da Coréia, do Vietnã, a ocupação do Afeganistão, etc. As ditaduras militares na América Latina são parte da história da Guerra Fria nas quais houve uma clara participação dos EUA, afim de colocar governos pró-EUA no poder. Além da corrida armamentista, travou-se também entre as duas superpotências uma guerra de propaganda, onde cada um dos lados procurava denegrir o outro e exaltar a si próprio.

Localização

Após a derrota alemã na Segunda Guerra, os países vencedores lhe impuseram pesadas sanções. Dentre as quais a divisão da Alemanha em 4 áreas administrativas, cada uma chefiada por um dos vencedores: Estados Unidos, França, Reino Unido e União Soviética e duas zonas de influência: Capitalista e Socialista. Berlim, a capital da Alemanha, também foi dividida, ainda que sob território de influência soviética. A comunicação entre o lado ocidental da cidade fragmentada e as outras zonas era feita por pontes aéreas e terrestres.
Em 1948, numa tentativa de controlar a inflação galopante da Alemanha, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido criaram uma "trizona" entre suas zonas de influência, para fazer valer nestes territórios o Deutsche Mark (marco alemão). Josef Stalin, então líder da URSS, reprovou a idéia e, como contra-ataque, procurou reunificar Berlim sob sua influência. Desse modo, em 23 de Junho de 1948, todas as rotas terrestres foram fechadas pelas tropas soviéticas, numa violação dos acordos da Conferência de Ialta.
Para não abandonar as zonas ocidentais de Berlim e dar vitória à União Soviética, os países ocidentais prontificaram-se a criar uma grande ponte aérea, em que bombardeiros estadunidenses saíam da "trizona" levando mantimentos aos mais de dois milhões de berlinenses que viviam no ocidente da cidade. Stalin reconheceu a derrota dos seus planos em 12 de Maio de 1949. Pouco depois, as zonas estadunidense, francesa e britânica se unificaram, originando a Bundesrepublik Deutschland (República Federativa da Alemanha, ou Alemanha Ocidental), cuja capital era Bonn. Da zona soviética surgiu a Deutsche Demokratische Republik (República Democrática Alemã, ou Alemanha Oriental), com capital Berlim, a porção oriental.

Paises Participantes

A Guerra Fria foi a designação atribuída ao conflito político-ideológico entre os Estados Unidos (EUA), defensores do capitalismo, e a União Soviética (URSS), defensora do socialismo, compreendendo o período entre o final da Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991).É chamada "fria" porque não houve qualquer combate físico, embora o mundo todo temesse a vinda de um novo conflito mundial por se tratar de duas superpotências com grande arsenal de armas nucleares. Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse período. Se um governo socialista fosse implantado em algum país do Terceiro Mundo, o governo norte-americano via aí logo uma ameaça aos seus interesses; se um movimento popular combatesse um governo alinhado aos EUA, logo receberia apoio soviético.

Causas e Fechamentos de Conflitos

A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.

Curiosidades

A Guerra Fria foi um período em que a guerra era improvável, e a paz, impossível. Com essa frase, o pensador Raymond Aron definiu o período em que a opinião pública mundial acompanhou o conturbado relacionamento entre os Estados Unidos e a União Soviética. Cenário oriental da Guerra Fria A divisão do mundo em dois blocos, logo após a Segunda Guerra Mundial, transformou o planeta num grande tabuleiro de xadrez, em que um jogador só podia dar um xeque-mate simbólico no outro. Com arsenais nucleares capazes de destruir a Terra em instantes, os jogadores, Estados Unidos e União Soviética, não podiam cumprir suas ameaças, por uma simples questão de sobrevivência. A paz era impossível porque os interesses de capitalistas e de comunistas eram inconciliáveis por natureza. E a guerra era improvável porque o poder de destruição das superpotências era tão grande que um confronto generalizado seria, com certeza, o último. Hoje, podemos ver isso claramente. Mas, na época, a situação se caracterizava como o equilíbrio do terror.

Consideraçoes Finais do grupo

Concluimos que a Guerra Fria teve características peculiares e paradoxais, pois, apesar da ausência de confronto, já que num eventual embate pouco sobraria do planeta, a corrida armamentista não tinha fim, porque cada salto tecnológico exigia renovação dos arsenais. No entanto, o lado soviético ficou sem capital para continuar expandindo o seu “negócio bélico” e começou a apresentar, em meados dos anos 70, propostas de desarmamento ao inimigo perplexo, os EUA, que havia feito da indústria bélica um dos carros-chefes de sua economia.